O Tribunal do Júri de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, condenou a 25 anos de prisão um homem de 40 anos acusado pelo Ministério Público do Paraná de ser responsável pela morte da namorada, uma jovem de 20 anos. O crime ocorreu em 29 de janeiro de 2022, mas o corpo da vítima só foi encontrado em março, na zona rural do município, o que levou também à condenação por ocultação de cadáver.

Segundo as investigações policiais que embasaram a ação penal, o crime aconteceu após um jantar de confraternização com a família da vítima. Após deixarem o local, ela teria ido a um apartamento com o acusado, não sendo mais vista depois disso. A motivação teria sido o fato de a vítima manter contato frequente com outro homem, um policial militar da reserva, e ter recebido, dias antes do homicídio, uma foto dele no celular.

Na sessão de julgamento realizada nesta terça-feira, 9 de abril, o Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras apresentadas em denúncia pela 10ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, condenando o réu por homicídio qualificado por motivo torpe, o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido o crime cometido em razão do sexo feminino da vítima (feminicídio).

Um segundo acusado, que teria ajudado a esconder o corpo da vítima em uma propriedade rural na Região do Cerradinho, às margens da PR-513, no distrito de Itaiacoca, foi sentenciado a um ano, três meses de reclusão e 12 dias-multa.

O autor do homicídio, que também foi condenado pelo furto do celular da vítima, está preso preventivamente e cumprirá a pena em regime fechado.

Além dos dois acusados já condenados, outros dois homens foram acusados criminalmente por participação nos fatos. Um deles, por ocultação de cadáver, recorreu da decisão que o submeteu a júri, enquanto a outra pessoa acusada como coautora do homicídio está foragida, com o processo relacionado a ela suspenso.