Atleta paranaense brilhou nas areias pelo mundo e encerrou a carreira com partida festiva neste sábado

A paranaense Ágatha Bednarczuk Rippel realizou neste sábado (18) a sua despedida oficial como atleta do vôlei de praia. Depois de brilhar nos principais palcos do esporte no mundo, escolheu a Arena Verão Maior Paraná, em Caiobá, para fechar a carreira. Natural de Curitiba, Agatha treinava em Paranaguá e fez história no esporte ao se tornar campeã mundial em 2015 e conquistar a medalha de prata na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, ao lado de Bárbara.

“Eu anunciei minha despedida no ano passado e tive oportunidade de fazer a ‘last dance’ em várias cidades pelo Brasil, mas ainda faltava aqui. Eu ainda não tinha jogado no Paraná e, para mim, está sendo incrível fazer este último jogo na minha terrinha, ao lado de atletas incríveis e que são amigas minhas. Me sinto super prestigiada e valorizada e, o melhor de tudo, ao lado de amigos, família e pessoas que acompanharam minha carreira por tantos anos.”

Campeã nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Duda Lisboa participou do jogo com mais dois nomes importantes do esporte, Natasha Valente e Rebecca Silva, a última parceira de Ágatha no ciclo olímpico. “Estou muito feliz por esse momento de homenagem à Ágatha, que fez muito pelo nosso esporte”, afirmou Duda.    

Para o secretário estadual do Esporte, Helio Wirbiski, a presença das jogadoras estreladas abrilhanta a programação do Verão Maior Paraná. “A Ágatha e a Duda são atrações nacionais, grandes nomes do vôlei de praia mundial. Temos um amor muito grande pela Ágatha como atleta, que agora está encerrando sua carreira, mas sabemos que ela tem um futuro imenso como comentarista e no seu projeto social em Paranaguá, que é apoiado pela nossa secretaria.”

VÔLEI SENTADO – Ainda como parte da programação dos Jogos de Aventura e Natureza, integrados ao Verão Maior Paraná, o Governo do Estado promoveu uma apresentação de vôlei sentado, modalidade paralímpica adaptada para pessoas amputadas de membros inferiores.

Com regras semelhantes ao vôlei convencional – cerca de 90% são mantidas –, a principal diferença está na exigência de que os atletas permaneçam com os glúteos no chão durante o jogo, além da possibilidade de bloquear o saque. O vôlei sentado esteve na última edição dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

A partida, disputada no formato melhor de três sets até 25 pontos, reuniu o time de Curitiba, formado por atletas da Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unileuh), e o time de Paranaguá, representado pela Associação de Voleibol Paralímpico do Litoral (AVPL). A vitória ficou com Curitiba, por 2 sets a 1, com parciais de 25×19, 23×25 e 25×17.

Para Mario Sergio Fontes, coordenador do paradesporto na Secretaria de Estado do Esporte (SEES), o evento simboliza o crescimento e a importância do esporte adaptado no Paraná. “É uma enorme satisfação, porque o voleibol paralímpico hoje alcança um patamar alto. Queremos fazer do nosso verão um evento totalmente inclusivo. Em todas as ações esportivas propostas pelo Estado, buscamos inserir a participação da pessoa com deficiência”, disse.

Coordenadora técnica da AVPL e atuando no vôlei sentado desde 2007, Shirley Marodin Marques traz uma conexão especial com o esporte. Antes de se dedicar à modalidade paralímpica, Shirley foi a primeira parceira de Ágatha Bednarczuk Rippel no vôlei de praia.

Em 2001, Shirley convidou Ágatha, então jogadora de quadra, para experimentar o vôlei de areia. “Convidei pela primeira vez, perguntando se ela queria bater uma bolinha. Foi uma insistência. Ela gostou e hoje encerra a carreira como campeã mundial e medalhista olímpica”, relembra.

Apesar do curto período em que jogaram juntas, Shirley acompanha com orgulho a trajetória da ex-parceira. “Sempre soube que ela alcançaria tudo o que quisesse”, afirmou a técnica, reforçando o papel do esporte na transformação de vidas.

Publicado em 18 de janeiro de 2025 às 19:50