O influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, o Felca, viralizou nas redes sociais com o vídeo “Adultização”, que já soma mais de 20 milhões de visualizações. No vídeo, ele expõe de maneira contundente a problemática da exposição e exploração precoce de crianças e adolescentes nas redes sociais, especialmente por influenciadores digitais que incentivam comportamentos inadequados para a faixa etária dessas crianças.

O que é “adultização” e por que o vídeo repercutiu tanto?

Adultização é o fenômeno social em que crianças são expostas, antecipadamente, a responsabilidades, cobranças e temas próprios da vida adulta, sejam eles emocionais, sociais ou até mesmo sexuais. No vídeo, Felca mostra exemplos claros dessa prática, incluindo casos de influenciadores que expõem crianças a situações constrangedoras, sexualizadas ou que fogem do universo natural da infância.

O conteúdo foi tão impactante que provocou um amplo debate no Senado Federal, onde parlamentares reforçaram a necessidade urgente de políticas públicas para proteger a infância e garantir a privacidade das crianças na internet.

Repercussão e desdobramentos

Além da repercussão política, o vídeo motivou outros influenciadores a denunciarem publicamente casos similares. Movidos pela coragem trazida pelo debate, eles passaram a relatar experiências pessoais e expor práticas abusivas dentro do universo digital, denunciando conteúdos e comportamentos que também expõem crianças a riscos.

Essa mobilização nas redes trouxe à tona um debate urgente sobre o limite entre entretenimento e exploração infantil e sobre a responsabilidade dos adultos, sejam pais, produtores de conteúdo ou plataformas, em proteger os menores.

Consequências da adultização precoce

Especialistas apontam que a adultização pode comprometer gravemente a saúde mental e o desenvolvimento das crianças. A exposição precoce a temas adultos pode gerar ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades de relacionamento social. A criança que perde a infância se torna vulnerável a traumas emocionais e a situações de exploração, especialmente no ambiente digital, onde o alcance e a exposição são muito maiores.

O alerta para os pais e responsáveis

Felca enfatiza que os pais devem estar atentos para não expor suas crianças de forma inadequada nas redes sociais. O desejo de compartilhar momentos importantes não pode se sobrepor à proteção da infância e da privacidade dos filhos. A internet, embora cheia de possibilidades, também abriga perigos reais, como bullying, exploração e o uso indevido de imagens, que podem ser compartilhadas ilegalmente em grupos que distribuem vídeos e conteúdos ligados à pornografia infantil, aumentando a vulnerabilidade e o risco das crianças.

Portanto, os responsáveis devem assumir o papel de guardiões da infância, evitando expor as crianças em contextos que não respeitem sua idade, e acompanhando de perto o que elas consomem e produzem na internet.

Como proteger as crianças?

• Estabeleça limites claros para o uso das redes sociais.
• Evite compartilhar imagens e vídeos íntimos ou que possam ser mal interpretados.
• Converse abertamente com os filhos sobre os riscos do mundo digital.
• Use as ferramentas de privacidade e controle parental disponíveis.
• Denuncie conteúdos que violem os direitos das crianças.

Este movimento gerado a partir do vídeo do influenciador marca um passo importante para que a sociedade repense as práticas nas redes sociais e valorize a proteção da infância como prioridade. A discussão continua e cresce, mas o alerta está dado: preservar a inocência e a segurança das crianças deve ser responsabilidade de todos.

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 14:39