SECRETÁRIO DE SAÚDE REFORÇA NECESSIDADE DE AMPLIAR A VACINAÇÃO NO PR

César Neves espera que em 2025 os paranaenses tenham acesso à nova vacina da dengue

O Governo do Paraná tem conduzido diversos esforços para ampliar a cobertura vacinal. Uma das estratégias mais recentes se deu pelo lançamento da campanha “Proteja seu filho em cada fase da vida”, com foco prioritário na vacinação de crianças e adolescentes. Nesta quarta-feira (31) o o secretário estadual de Saúde, César Neves, ao programa “Paraná em Pauta”, da TV Paraná Turismo, abordando o assunto.

Neves também comentou sobre as expectativas para a vacinação contra a dengue no próximo ano. “Está vindo aí a vacina do Instituto Butantan.  Será uma vacina monodose, e isso traz um grande conforto à população, que não tem que voltar aos postos de saúde. E também, outras duas novidades muito assertivas. Primeiro, vai dar cobertura aos quatro sorotipos da dengue: 1, 2, 3 e 4. E é uma vacina que está sendo testada em idosos, algo que a atual, infelizmente, não contempla.”

César Neves destacou a importância da campanha “Proteja seu filho em cada fase da vida” para garantir a saúde pública e prevenir surtos de doenças evitáveis por meio da vacinação. “Nós temos utilizado várias estratégias, muito trabalho e muitas equipes. São mais de 1.800 salas de vacina em todo o Paraná. Eu sempre friso que quem vacina são os municípios, o Estado disponibiliza rapidamente o imunizante, mas quem vacina são os municípios. Por isso, estamos recomendando horários estendidos, inclusive para vacinação nos finais de semana”, comentou.

Neves também ressaltou que a campanha incluirá parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) para viabilizar pontos de imunização em colégios estaduais. “A partir desse grande conjunto de esforços surgiu uma união entre as pastas para facilitar o acesso à vacinação. Tudo de forma muito tranquila, onde não existe pressão ou obrigatoriedade, mas convencimento”, disse.

Segundo o Painel do LocalizaSuS, o Paraná registrou, até julho deste ano, 86.54% de cobertura vacinal da Pentavalente, 82,77% para o 1º reforço com a vacina DTP, 81,99% da Pneumocócica 10 Valente, 83,59% da Pneumocócica 10 reforço, 86,06% da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) e 83,15% da Vacina Oral de Poliomielite (VOP). Para todas essas vacinas a meta de cobertura é de 95%. 

A vacina contra Influenza possui destaque especial, principalmente pela chegada dos períodos mais frios do ano, nos quais tendencialmente se concentra a maior expansão de casos. Atualmente, o Paraná é o 6º estado brasileiro em números absolutos para a cobertura de Influenza, com 2.717.308 doses aplicadas. A vacina está disponível para a população em geral acima de seis meses de idade.

“Temos observado, sobretudo a partir de 2015, uma queda nos gráficos de cobertura vacinal. As fake news, campanhas de descrédito, tudo culminou num cenário que busca deslegitimar as vacinas e é nosso papel assegurar aos paranaenses: os imunizantes são seguros, passam por um crivo rigoroso até que sejam disponibilizados e cheguem nos braços dos paranaenses”, complementou.

DENGUE – Ainda durante a entrevista, o secretário comentou sobre o encerramento do atual período epidemiológico da dengue. O ciclo ficou marcado por um grande enfrentamento do Estado, que mobilizou mais de R$ 100 milhões de recursos em vigilância em saúde, com a maior parte para o combate ao mosquito. 

“Tivemos um período duro, com o fenômeno El Nino antecipando em alguns meses a incidência do mosquito, que tem se adaptado cada vez mais ao meio, o que nos levou a uma mobilização constante. Dentro das estratégias, sigo reafirmando que o protagonista ainda é a população. As famílias cuidando das suas casas, do quintal, do terreno baldio, são medidas que fazem a diferença”, ressaltou.

O secretário também falou sobre perspectivas futuras para o combate à dengue. De acordo com Neves, a inauguração de duas biofábricas do Método Wolbachia, realizadas nesta semana em Foz do Iguaçu e Londrina, trazem novos panoramas para e possibilidades para este enfrentamento.

“Estamos ganhando mecanismos tecnológicos para este combate. A Wolbachia é um método que consiste na produção de mosquitos inoculados com uma bactéria que impede esses insetos de transmitir a dengue. Temos conversado com o Ministério da Saúde desde 2020 sobre a aplicação dessa estratégia e agora será uma grande ferramenta para o próximo período epidemiológico”, destacou.

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