Empresa realiza obras emergenciais e antecipa obras estruturais para atender a demanda por água no município

A Sanepar está com uma força-tarefa montada para reforçar o abastecimento de água em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Com uma série de medidas, entre ações emergenciais e a antecipação de obras estruturais, a companhia está trabalhando em várias frentes para atender a população e aumentar a disponibilidade de água no município.

Entre as ações estão a interligação de um novo poço à rede de abastecimento, a antecipação da operação de uma nova adutora, a ampliação na oferta de caminhões-pipa para serviços essenciais e a distribuição de caixas d’água para pessoas em vulnerabilidade.

O objetivo é normalizar o abastecimento em meio à onda de calor que atinge o Estado, que fez com que o consumo de água aumentasse nas últimas semanas. Os 200 caminhões-pipa entregues na semana passada, por exemplo, estão auxiliando hospitais e escolas, além de toda a manutenção dos serviços essenciais.

“O Paraná vem sendo assolado por uma onda de calor que aumenta o consumo de água em todas as cidades. Para se ter uma ideia, em Curitiba o número cresceu o equivalente a seis cidades da Região Metropolitana. O consumo está extremamente elevado e não é diferente em Ponta Grossa”, afirma o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

As medidas emergenciais se somam a um robusto pacote de investimentos realizados na cidade. Nos últimos cinco anos, a Sanepar investiu R$ 217 milhões nas infraestruturas dos sistemas de água e esgoto de Ponta Grossa, sendo que praticamente metade deste valor, R$ 100 milhões, foi destinado exclusivamente para o sistema de abastecimento de água tratada.

“A solidariedade e o uso racional dos consumidores nos últimos dias trouxeram os níveis dos reservatórios quase à normalidade. Alguns deles estavam em menos de 20% de reservação, mas hoje já superamos os 60%. Com todas as medidas que estão sendo tomadas, esperamos superar os 80% nos próximos dias. As obras estão sendo realizadas, de estruturantes a emergenciais, para que em breve não seja mais preciso enfrentar situações como esta”, diz Bley.

OBRAS – Quem passa pela Avenida Monteiro Lobato, em Ponta Grossa, está acompanhando a movimentação de equipes da Sanepar em dois pontos distintos. As intervenções estão adequando a rede de água, com derivações de redes e equipamentos, para a segunda etapa de aproveitamento do poço que entrou em operação neste mês, junto à captação do Rio Pitangui.

“Estamos fazendo algumas obras de melhoria na rede para que possa ser interligada ao poço, que também terá a bomba substituída para atender um número maior de pessoas”, explica a gerente geral da Sanepar, Simone Alvarenga de Campos.

Desde o último domingo (23), o poço está contribuindo para abastecer uma parcela da população. Em algumas semanas, com o aumento da sua capacidade de adução, passará a produzir 70 litros de água por segundo, ampliando o número de moradores beneficiados. A operação do novo sistema foi antecipada para atender a população da cidade.

Um pouco mais à frente, outra equipe se dedica à finalização da travessia, de alta complexidade, da duplicação da adutora sobre o Rio Pitangui. A tubulação, com 700 milímetros de diâmetro, soma-se à obra de 6,8 quilômetros de adutora, concluída em etapas anteriores, para transportar a água in natura até a estação de tratamento de água da cidade, que fica no Jardim Carvalho.

“Com algumas adequações, vamos antecipar a operacionalização da adutora do Rio Pitangui, prevista inicialmente para abril. Faremos uma etapa intermediária da obra que está para finalizar”, afirma a gerente geral da Sanepar na Região Sudeste, Simone Alvarenga de Campos.

Em meados de março, a adutora deve entrar em operação com metade de sua capacidade, complementando a produção. Em abril, quando todos os equipamentos necessários para a finalização da obra forem entregues, o sistema terá um aumento de 15% de capacidade. Somada à ampliação do poço, já em andamento, o sistema terá um incremento de produção de 22%, suficientes para atender à demanda por água tratada, mesmo nos dias mais quentes e de consumo elevado na cidade.

A companhia ainda tem garantido o fornecimento ininterrupto de água a hospitais, escolas, delegacias e outros estabelecimentos que prestam serviços especiais com caminhões-pipa, quando necessário. Além disso 200 caixas d’água, dispositivos hidráulicos e estruturas de apoio foram fornecidos para famílias em situação de vulnerabilidade.

INVESTIMENTOS – O novo sistema de abastecimento incluirá a captação no Rio Tibagi, estação de tratamento, reservatórios de água tratada e adutoras. O investimento, que deve ser em torno de R$ 200 milhões, tem início da primeira fase previsto para iniciar em 2026, com incremento de 300 litros por segundo à capacidade do sistema, e mais 600 litros por segundo na etapa seguinte de obras.

Para os próximos meses, também está prevista a ampliação da ETA Pitangui, que irá aumentar a capacidade de produção do sistema em 15%, o que será suficiente para atender a demanda mesmo em situações de calor atípico.

PESQUISA POR VAZAMENTOS – Em paralelo, a companhia também está realizando um trabalho de procura de vazamentos ocultos nas redes de distribuição de água. Embora seja uma das rotinas de prevenção na empresa, desde o início da semana o trabalho vem sendo intensificado, inclusive com equipes de apoio remanejadas de outros sistemas, como forma de contribuir para a regularização do abastecimento na cidade.

As equipes estão trabalhando nas regiões do Centro, Vila Vilela, Olarias, Vila Ana Rita, 26 de Outubro, Jardim Carvalho, Vila Marina, Vila Madureira, Nova Rússia, Chapada e Los Angeles.

O coordenador do Centro de Controle Operacional da Sanepar, Anselmo Rodrigues, explica que as equipes também estão percorrendo estas regiões no período da noite. “Durante a noite e a madrugada, quando o movimento de veículos é menor e os ruídos externos diminuem, a identificação de eventuais pontos de vazamento se torna mais eficaz”, afirma.

Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 16:34