“A gente não tem água nem pra dar descarga! Como vou mandar meu filho pra escola desse jeito?”, desabafa uma moradora do bairro Contorno

Ponta Grossa – Boa parte de Ponta Grossa enfrenta um segundo dia consecutivo de desabastecimento de água, e a situação se agrava a cada hora que passa. A Sanepar continua trabalhando na interligação da nova adutora do Rio Pitangui, mas para muitos moradores, a paciência e a reserva de água chegaram ao fim.

Relatos chegam de diversos cantos da cidade. Famílias que contavam com a água da caixa d’água para os serviços básicos se viram sem reservas já nesta segunda-feira (17 de março de 2025). A alternativa tem sido a compra emergencial de água mineral.

O impacto da falta d’água se estende em alguns comércios também. Muitos estabelecimentos não conseguem operar sem água para higiene e preparo de alimentos, resultando em prejuízos e interrupções no atendimento.

A rotina escolar pode ser afetada. Pais, impossibilitados de garantir a higiene básica de seus filhos, estão considerando não enviá-los para a escola no turno da tarde. A ausência de água dificulta a preparação do almoço, o banho e a lavagem das mãos, essenciais para a saúde e bem-estar das crianças. A população clama por uma medida urgente: o cancelamento das aulas, como forma de minimizar os transtornos e garantir a segurança dos estudantes.

“A gente não tem água nem pra dar descarga! Como vou mandar meu filho pra escola desse jeito?”, desabafa uma moradora do bairro Contorno.

E para muitos pontagrossenses, a realidade se impõe: mais um dia sem banho. A falta de água, que já era um transtorno, se transformou em um problema de saúde pública e dignidade humana.

A Sanepar informa que a previsão de conclusão dos trabalhos é para as 20h de hoje, com normalização gradual do abastecimento até as 8h de terça-feira. Mas para muitos, a promessa soa vazia diante da urgência da situação. A cidade clama por uma solução imediata e medidas de apoio à população afetada.

Publicado em 17 de março de 2025 às 10:22