POLÍCIA MILITAR INICIA PROJETO DE TERAPIA COM CÃES PARA CRIANÇAS AUTISTAS

Filhote Balu está sendo treinado para interagir com as crianças em clínicas e instituições de TEA

Um novo projeto de terapia assistida por animais está sendo implantado pela Companhia de Operações com Cães (CIOC) da Polícia Militar do Paraná (PMPR). É a cinoterpia, que utiliza cães para o auxílio de crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que já conta com o Balu, filhote de quatro meses da raça Golden Retriever, que passa por um rigoroso processo de formação e adaptação.

Na primeira etapa do projeto a equipe da CIOC, composta por um policial condutor e o cão Balu, visitará clínicas e instituições de ensino especializadas, integrando o animal como uma ferramenta de apoio às terapias já em andamento. Para a segunda fase será estruturado um espaço na companhia para receber as crianças e realizar as atividades terapêuticas.

O processo de formação de Balu é um pilar fundamental do projeto. A 1º tenente Mikaela Esmanhoto detalha as etapas do treinamento. “O Balu está com quatro meses agora, então está na fase de socialização e ambientação. Esse é o momento em que tentamos apresentar o máximo de estímulos para ele, para que, ao chegar na fase jovem e adulta, ele não estranhe, não tenha medo e não seja um cão reativo”, explica a tenente.

“Até por volta dos 10 meses, ele ficará nessa fase de socialização e também no adestramento básico, como sentar, deitar, entender comandos, saber que não pode ser reativo, não pode pular, nem morder. Depois desse período, começaremos a aplicá-lo diretamente nas terapias”, complementa.

Idealizado pelos cabos Curotto e Maickon, cinotécnicos da CIOC, em parceria com um canil de Curitiba que doou o cão Balu. Escolher o Golden Retriever como cão de apoio no projeto de cinoterapia não se baseia em uma exigência exclusiva da raça, mas pelo seu amplo reconhecimento internacional com alta taxa de sucesso nesse tipo de intervenção. Foi a cabo Curotto, que identificou em Balu o perfil ideal para a função.

As interações de Balu com crianças já ocorrem de forma controlada, visando sua adaptação. A ideia é que, até o final do ano ou início do próximo, ele já esteja pronto para atuar diretamente nas terapias.

EQUOTERAPIA – Além da cinoterapia, outra iniciativa ganha cada vez mais espaço no Paraná: o Centro de Equoterapia do Regimento de Polícia Montada (RPMon), que atua no desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais por meio de sessões terapêuticas com cavalos.

A Equoterapia é utilizada como complemento a outras terapias em casos como paralisia cerebral, Síndrome de Down, hiperatividade, Transtorno do Espectro Autista, acidente vascular encefálico, entre outras condições, e também atende crianças com dificuldades de concentração e distúrbios de aprendizagem, estimulando o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. 

O atendimento é gratuito e conta com acompanhamento de profissionais das áreas de Educação Física, Pedagogia, Fisioterapia e Equitação. O Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio já atendeu mais de 5 mil pessoas desde a sua criação, em 1991. Os interessados devem fazer cadastro pelo número de WhatsApp (41) 3315-2771.

Publicado em 24 de junho de 2025 às 12:14

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