PAI MONSTRO: INVESTIGAÇÕES REVELAM HISTÓRICO DE CRUELDADE CONTRA BEBÊS E TENTATIVA DE FEMINICÍDIO

Imagem: Policia Civil
A partir das diligências, a Polícia identificou outros episódios de extrema violência cometidos pelo mesmo homem contra crianças e ex-companheiras, revelando um padrão de comportamento sádico e cruel
PONTA GROSSA– PR | A Polícia Civil do Paraná divulgou nesta semana novos desdobramentos das investigações envolvendo Lucas Rodrigues Soares, de 37 anos, preso em flagrante no dia 19 de julho de 2025, acusado de assassinar o próprio filho, Emanuel Benício Rodrigues Stefanczuk, um bebê de apenas 2 meses de idade.
A partir das diligências, a Polícia identificou outros episódios de extrema violência cometidos pelo mesmo homem contra crianças e ex-companheiras, revelando um padrão de comportamento sádico e cruel.
HISTÓRICO DE AGRESSÕES A CRIANÇAS
As investigações apontaram que Lucas já havia sido denunciado em 2016, por agredir um enteado de 3 anos com um tapa no rosto, deixando lesões visíveis. Em 2021, ele teria fraturado o fêmur de outro bebê de apenas 2 meses, filho biológico, e tentou impedir a mãe de buscar ajuda médica. Depois da agressão, fugiu.
Em outro caso, uma ex-companheira relatou que em 2017, viu marcas de mordidas no corpo do filho do casal, então com dois meses, e que as marcas deixaram visível a arcada dentária. O agressor teria dito que se tratava de uma “brincadeira”.
Outra denúncia envolve o uso intencional de superdosagem de medicamento em um recém-nascido, também filho de Lucas. Segundo a ex-parceira, o bebê nasceu com uma lesão na clavícula e o pai afirmou que “era melhor ele não sentir dor”, justificando a dosagem abusiva.
Ainda há registros de que Lucas teria jogado um gato de estimação contra uma criança de 2 anos durante o banho e tentou estrangular uma ex-companheira em 2016, dizendo que só não a matou porque “faltou força para apertar o pescoço”.
PADRÃO DE CRUELDADE
De acordo com o Delegado Luís Gustavo Timossi, responsável pelo inquérito, o suspeito aproveitava os momentos em que as mães saíam para trabalhar para cometer as agressões contra os filhos e enteados. Todas as ex-companheiras relataram que, quando presente, Lucas se mostrava “prestativo e cuidadoso”, mas os sinais de violência surgiam sempre que ele ficava sozinho com as crianças.
Diante do padrão identificado, a Polícia Civil solicitou exames periciais à Polícia Científica para apurar se o investigado possui transtorno de personalidade, com fortes indícios de psicopatia e comportamento sádico.
As autoridades não descartam a existência de outras vítimas e as investigações continuam para responsabilizá-lo por todos os crimes praticados.
RELEMBRE O CASO
Em 19 de julho de 2025, Lucas foi preso em flagrante em Ponta Grossa – PR pelos crimes de homicídio qualificado e lesão corporal no contexto de violência doméstica. A prisão aconteceu após a morte de seu filho Emanuel, de dois meses.
A mãe da criança, que também foi agredida, procurou a Guarda Municipal em busca de socorro, mas o bebê já estava sem vida. O laudo e o depoimento das testemunhas indicam que Emanuel foi morto horas antes, após uma discussão do casal em que o bebê foi chamado de “bastardo“.
Segundo relatos, após cometer o crime, Lucas buscou a companheira em uma boate, parando em um posto para comprar cervejas antes de voltar para casa, demonstrando total frieza e descaso com o ocorrido.
O casal também é investigado por maus-tratos, pois há indícios de negligência desde o nascimento da criança.
O delegado Luís Gustavo Timossi afirmou:
“A frieza e crueldade demonstradas pelo suspeito são absolutamente inaceitáveis e revelam uma torpeza moral que nos deixa estarrecidos. Estamos diante de um caso que reúne os elementos mais desprezíveis da violência: o assassinato de uma criança indefesa pelas mãos de quem deveria protegê-la – seu próprio pai”.
Lucas Rodrigues Soares segue preso preventivamente. O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Paraná.
Fonte: Pc
Publicado em 8 de agosto de 2025 às 08:30