Operário precisa mudar para voltar a vencer

Derrota para o Mirassol expôs os erros do Fantasma/Diomar Guimarães é o colunista do Operário no PG em Destaque

Jogando na tarde deste sábado (27) em Mirassol, o Operário Ferroviário foi derrotado pelo time local pelo placar de 1×0, gol marcado por Negueba, aos 18 minutos do primeiro tempo.

O jogo foi fraco tecnicamente. O Operário teve três arremates de fora da área nos primeiros 15 minutos de jogo e foi só. Aos 18 minutos tomou o gol e foi incapaz de desenvolver um jogo ofensivo para buscar um resultado melhor.

Rafael Guanaes escalou o lateral Tales Oleques, recém-contratado junto ao Avaí, que acabou fazendo um péssimo primeiro tempo, sendo responsável direto pela jogada do gol do Mirassol. Fernandinho, atacante do Mirassol pela esquerda, deitou e rolou pelo setor direito defensivo do alvinegro na etapa inicial. No segundo tempo a marcação encaixou e o Mirassol não teve mais a sua jogada principal, que no primeiro tempo originou no gol que deu a vitória ao time do interior paulista.

O Operário foi muito mal no jogo. Aliás, o sistema de jogo empregado pelo treinador Rafael Guanaes não permite ao time qualquer poder de reação. Um time lento na transição, sem nenhum poder ofensivo pelos lados do campo. O Fantasma vem sendo o time que aumenta a estatística da posse de bola, e nada mais.

Os treinadores adversários já notaram isso e procuram jogar no erro do Operário. Deixam o alvinegro com a bola e, na retomada, saem em velocidade no contra-ataque. A exemplo de outros jogos, os erros individuais têm custado gols importantes. O Mirassol, sabedor da inoperância ofensiva alvinegra, se armou na defesa no segundo tempo, deixando o Operário tocar a bola de um lado para o outro, sem nenhuma objetividade.

Estamos terminando o primeiro turno e a tônica tem sido exatamente essa. É preciso mudar a forma de jogar. Do contrário, todos os camisas nove vão morrer de fome no ataque alvinegro. Pode vir quem vier, não conseguirá atingir o objetivo de fazer gols, pois a bola jamais chega. Pelos lados não existe velocidade e muito menos a jogada de ultrapassagem com os laterais. A bola parada, que em jogos difíceis pode ser a salvação, não existe. É preciso mudar. O Operário tem um bom time, excelentes jogadores, mas um sistema de jogo que não deu resultado nenhum até agora. O Grupo Gestor atende a todos os pedidos do treinador, mas infelizmente a recíproca não tem sido verdadeira dentro de campo.

O Campeonato é altamente equilibrado e independente de investimento o time pode chegar muito além do que se imaginava. Exceto o Santos, os demais estão em pé de igualdade. Na teoria, até podemos ter times que estão acima do Operário, como América MG, Sport, Ceará, Goiás, Coritiba, mas na prática não é isso que estamos vendo.

Portanto, é hora de apresentar resultados positivos à altura daquilo que é entregue para que isso aconteça. Em cinco jogos, essa foi a terceira derrota, e futebol é resultado.

É preciso mudar!

Publicado em 27 de julho de 2024 às 22:50

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