CRIME CHOCOU A POLÍCIA PELA CRUELDADE; VÍTIMA FOI ENGANADA PELAS REDES SOCIAIS E MORREU APÓS TER O BEBÊ RETIRADO

Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, confessou à polícia ter assassinado a adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de 9 meses. O crime ocorreu para que Nataly pudesse roubar o bebê da vítima e mantivesse a farsa de uma gravidez após sofrer dois abortos seguidos.

O delegado Caio Albuquerque, responsável pelo caso, revelou que a suspeita confessou o crime em detalhes e não demonstrou arrependimento. Ela afirmou ter agido sozinha, inocentando o marido e outros dois homens que chegaram a ser presos. Nataly será encaminhada à audiência de custódia e deve responder por homicídio triplamente qualificado.

PLANO PREMEDITADO

Segundo as investigações, Nataly escondeu o aborto sofrido em outubro do ano passado e seguiu fingindo a gravidez. Ela participava de grupos para mães e grávidas nas redes sociais e mantinha a falsa gestação em segredo até mesmo do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos.

O casal foi preso nessa quinta-feira (13), ao tentar registrar o bebê em um hospital de Cuiabá, alegando que a criança havia nascido em casa. Os profissionais de saúde suspeitaram da história e acionaram a polícia. Christian foi liberado após prestar depoimento.

MORTE CRUEL

De acordo com o perito Jacques Trevizan, Emilly foi assassinada com extrema brutalidade. A adolescente apresentava lesões em “forma de T” no abdômen e ainda estava viva quando o bebê foi retirado. Sacolas plásticas foram usadas para abafar seus gritos, e ela morreu por hemorragia intensa.

A Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, afirmou que os cortes no corpo da vítima foram feitos por uma pessoa com conhecimento técnico. Nas redes sociais, Nataly se apresentava como bombeira civil e socorrista, o que pode ter facilitado a execução do crime.

“O corte foi muito preciso, sem hesitação, incluindo a preservação de camadas da pele. Foi certeiro no útero”, explicou a perita.

ATRAÍDA POR UMA ARMADILHA

Segundo a mãe da vítima, Ana Paula Meridiane, Emilly foi atraída por Nataly através das redes sociais. A criminosa afirmou que tinha roupas de bebê para doar e enviou a localização para que a adolescente fosse buscá-las. Depois de sair de casa, Emilly desapareceu e não foi mais vista.

O corpo da jovem foi encontrado em uma cova rasa, com sinais de enforcamento por fios de internet e cortes na barriga. As investigações indicam que Emilly tentou se defender antes de ser morta.

POLÍCIA FOI ACIONADA POR HOSPITAL

Após cometer o crime, Nataly tentou registrar a recém-nascida como sua filha. No entanto, a equipe médica do Hospital Santa Helena, em Cuiabá, percebeu inconsistências no relato da mulher e alertou as autoridades. Exames confirmaram que ela não havia passado por um parto recentemente.

A mãe de Emilly foi chamada ao hospital e conseguiu reaver a criança, que agora está sob os cuidados da família biológica. A polícia segue investigando o caso para determinar se há mais envolvidos no crime.

Publicado em 14 de março de 2025 às 14:23