MENINA DE 8 ANOS MORRE APÓS INALAR DESODORANTE EM DESAFIO

Caso é investigado pela polícia civil do distrito federal

Sarah Raissa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, morreu após inalar desodorante aerossol em Ceilândia (DF), supostamente ao tentar cumprir um desafio viral disseminado nas redes sociais. A morte cerebral foi confirmada no domingo (13), três dias após a internação no Hospital Regional de Ceilândia.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, a menina foi levada ao hospital no dia 10 de abril, após apresentar uma parada cardiorrespiratória. Ela inalou o gás de um desodorante em spray como parte do chamado “desafio do desodorante”, que consiste na aspiração dos compostos químicos para provocar sensações como tontura ou desmaio.

A equipe médica realizou manobras de reanimação por cerca de uma hora. A criança foi estabilizada, mas não apresentou reflexos neurológicos. A morte cerebral foi constatada no sábado (13), data em que a família também registrou a ocorrência.

Um inquérito foi instaurado para apurar como a vítima teve acesso ao conteúdo que incentivava a prática e quem são os responsáveis pela divulgação. A PCDF informou que, dependendo da apuração, os responsáveis poderão responder por homicídio duplamente qualificado, por meio capaz de causar perigo comum e por envolver vítima menor de 14 anos, com pena de até 30 anos de reclusão.

A Secretaria de Saúde do DF afirmou que não pode divulgar informações clínicas do caso, em respeito ao Código de Ética Médica, que garante o sigilo mesmo com autorização da família.

Desafio perigoso
O “Desafio do Desodorante” já circula há algum tempo em redes como TikTok, Instagram e WhatsApp. Ele propõe a inalação direta de gases propelentes presentes em desodorantes em spray, como butano e propano.

A prática pode provocar hipóxia (redução do oxigênio no cérebro), arritmias, convulsões, danos neurológicos e até síndrome da morte súbita por inalação, podendo ser fatal mesmo na primeira tentativa.

Em março deste ano, uma menina de 11 anos morreu em Pernambuco em circunstâncias semelhantes. Especialistas alertam que crianças e adolescentes são mais vulneráveis a esse tipo de conteúdo por não compreenderem os riscos envolvidos.


Publicado em 14 de abril de 2025 às 10:39

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