Concerto de Helber Guimarães abre a programação da Semana de Diálogo e Conscientização

O Conservatório Dramático e Musical Maestro Paulino Martins Alves estará realizando a Semana de Diálogo e Conscientização sobre o Autismo, fortalecendo a inclusão em sala de aula, fortalecendo a participação da família e oferecendo oficinas voltadas ao transtorno do espectro autista para a comunidade. O evento está inserido na Gincana Princesa em Festa da Secretaria Municipal de Cultura.

A programação tem início às 19h30 da quarta-feira (3), com um concerto de Helber Guimarães, pessoa com autismo, graduado em Música pela UEPG e pós-graduado em Arte e Educação e, atualmente, formando em Piano pelo Conservatório.

Na quinta-feira (4), a partir das 10 horas, será realizada uma palestra com Regina Shibuta, doutoranda em Educação/Gestão de Professores pela PUC/PR, abordando o tema da inclusão para além da permanência na sala de aula. “Além de estar em sala, é preciso participar com condições reais. Isso exige diálogo contínuo, recursos adequados e responsabilidade compartilhada”, afirma. Na sequência, a partir das 19h30, haverá palestra com Violet Shibuta, autista, mãe de autista, influenciadora (com mais de 600 mil seguidores) e palestrante em congressos internacionais.

A programação será concluída na sexta-feira (dia 5) com duas atividades: uma oficina de dança-terapia, com Kamila Martinhuk, voltada a crianças com autismo e seus familiares; e uma oficina de musicoterapia, com a professora Cristiane Neves de Carvalho, que esclarecerá a diferença entre musicoterapia clínica e formação musical.

Também estará disponível, na quinta-feira, das 8 às 11 horas, atendimento com a neuropsicopedagoga Noeli Dubiel, que explicará aos pais quais públicos podem ser atendidos pelo Conservatório e de que forma, com transparência desde a fase de inscrição. Já na sexta-feira, das 8 às 20 horas, uma equipe de psicologia da Unicesumar estará disponível para conversas com interessados sobre autismo.

A escolha do tema por parte do Conservatório, deve-se à sua relevância para a unidade cultural. “Entendemos que a inclusão não pode ser apenas simbólica. Não conseguimos atender todas as demandas, porque cada processo formativo exige responsabilidade e clareza. Nossa missão é formar músicos, e para isso precisamos garantir que cada estudante tenha condições reais de aprender dentro de um plano pedagógico estruturado. A inclusão verdadeira acontece quando conseguimos adaptar recursos, metodologias e espaços sem comprometer a qualidade da formação musical”, explica o diretor Eziquiel Ramos.

Desde o ato da inscrição, é mantido diálogo transparente com as famílias, mostrando quais públicos podem ser acolhidos e de que maneira. “Esse compromisso, que está no nosso Projeto Político-Pedagógico, garante que a inclusão seja justa, responsável e sustentável, valorizando a singularidade de cada aluno sem abrir mão do rigor artístico e educacional que define o Conservatório”, finaliza Ramos.

Publicado em 2 de setembro de 2025 às 13:38