CIENTISTA UCRANIANA VAI ATUAR NA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UEPG
Svitlana Borysenko é bolsista do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos
A cientista ucraniana Svitlana Borysenko estará desenvolvendo pesquisas na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Bolsista do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, ela irá atuar na Pós-Graduação em Ciências da Saúde pelos próximos dois anos.
Acompanhada do filho, Hlib, de 8 anos, antes de vir para o Brasil Svitlana morou por três anos na Polônia. “Antes disso, morávamos em Dnipro (477 quilômetros da capital Kiev), que fica a leste da Ucrânia, perto da linha de batalha. Mas nossa cidade ainda não está ocupada”, afirmou a pesquisadora, que trabalhava na Universidade Estadual de Dnipro. O objetivo na UEPG é dar continuidade aos estudos desenvolvidos na sua dissertação de Mestrado.
O programa Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos é promovido pelo Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com o objetivo de prestar acolhimento aos pesquisadores e suas famílias, integrando-os socialmente, a partir da vivência acadêmica e social.
Durante a cerimônia de boas-vindas à UEPG, o vice-reitor Ivo Mottin Demiate ressaltou a satisfação da universidade em receber mais uma pesquisadora ucraniana. Em dezembro de 2022, Lesia Zolota chegou à instituição por meio da mesma iniciativa. “Estamos felizes em receber a Svitlana e seu filho aqui, pois este programa é muito interessante para a ciência da UEPG e para o Paraná”, completou Ivo.
Svitlana ainda tem mais três filhos: dois vivem na Polônia e um mora na Alemanha, todos maiores de idade. O seu marido também é professor universitário, mas não obteve autorização do governo ucraniano para deixar o país e acompanhar a esposa nesta nova fase profissional. “Meu marido era oficial do exército ucraniano em 2014 e agora trabalha como voluntário para o Estado. Durante esta Guerra, eu não atuei como professora na Polônia, mas trabalhei em projetos sociais. Agora, quero dar início ao trabalho do que quero pesquisar no Doutorado”, disse.
PROJETO E PRÓXIMOS PASSOS – O projeto que será desenvolvido pela pesquisadora na UEPG tem o título “Avaliação do Impacto do Projeto de Capacitação em doenças crônicas entre profissionais e gestores de atenção primárias à saúde”, e será coordenado pelo professor Erildo Müller.
“Ela vai orientar comigo uma aluna de Doutorado e vamos fazer uma capacitação para o enfrentamento de doenças crônicas nas Unidades Básicas de Saúde de Ponta Grossa, Londrina e Maringá”, explicou Erildo.
Svitlana vem com uma experiência internacional, que será adaptada à realidade brasileira. “Esperamos que esta parceria tenha um grande ganho para ambas as partes, estamos já estabelecendo uma linha de contato, driblando algumas dificuldades do idioma, mas acredito que será uma boa oportunidade de pesquisa ao longo desses dois anos”, reforçou.
RECEPÇÃO – A cientista chegou ao Paraná no último dia 12 e foi recepcionada no Aeroporto Afonso Pena pela equipe do Escritório de Relações Internacionais (ERI), que a acomodou na Casa Internacional da UEPG. “A recepção foi realmente calorosa e amigável, as acomodações na Casa Internacional são muito confortáveis, a comida é deliciosa e a comunicação foi muito interessante, abrindo novos horizontes”, agradeceu Svitlana.
“Estamos acompanhando ela e o filho nessas primeiras semanas, indo ao mercado e vamos ver uma escola para o menino, entendendo que agora é um período de adaptação”, explicou a diretora do ERI, Sulany Santos. “Nosso trabalho para as próximas semanas é encontrar uma casa para eles alugarem e integrá-los à comunidade”.
Publicado em 21 de novembro de 2024 às 12:26