POLÍCIA CIVIL DE PONTA GROSSA PRENDE STALKER DE 18 ANOS CUJA PERSEGUIÇÃO A PEDAGOGA EVOLUIU PARA AMEAÇAS DE MORTE E VIOLÊNCIA FÍSICA
As ameaças foram estendidas à filha da vítima, de 16 anos, e a familiares, com mensagens indicando que estavam “de olho” em toda a família
PONTA GROSSA, PR – A Polícia Civil do Paraná efetuou, na manhã desta terça-feira, 7 de outubro de 2025, a prisão preventiva de uma jovem de 18 anos em Ponta Grossa. A medida foi tomada em razão da escalada de violência e perseguição (stalking) que a jovem vinha praticando contra uma pedagoga de um colégio local, onde a autora foi aluna. O mandado de prisão foi cumprido e a autora encaminhada à Cadeia Pública local.
A investigação da Polícia Civil do Estado do Paraná revelou que, desde maio de 2025, a jovem vinha praticando sistemática e progressiva perseguição contra a vítima. A conduta iniciou-se com a criação de perfis falsos em redes sociais, como Instagram e Facebook, destinados a difamar e expor a pedagoga, divulgando dados pessoais, fotografias de documentos, imagens do veículo e informações falsas sobre dívidas e supostos maus-tratos a alunos.
A escalada da violência incluiu ameaças diretas e explícitas de morte, enviadas por meio de um perfil falso criado com o nome da própria vítima, direcionadas a familiares, com a afirmação de que “o que não pode bloquear é a morte e nem impedir”. A autora confessou ser a responsável por todas as ações, nas quais, de forma ainda mais grave, revelou ter um plano para sequestrá-la.
Mesmo após comparecer à Delegacia de Polícia e ser expressamente orientada sobre a gravidade dos fatos e a necessidade de cessar as condutas, a jovem intensificou a perseguição. No dia seguinte à orientação policial, ela voltou a enviar ameaças por perfis falsos, afirmando que “o dia estava próximo” e que “algo muito grave iria acontecer”, além de divulgar publicamente o endereço residencial atual da vítima.
As ameaças foram estendidas à filha da vítima, de 16 anos, e a familiares, com mensagens indicando que estavam “de olho” em toda a família. A jovem também realizou atos de intimidação presencial, passando repetidas vezes em frente ao local de trabalho da vítima em alta velocidade com sua motocicleta.
A perseguição se tornou física quando, em 2 de outubro de 2025, a autora passou repetidas vezes em alta velocidade em frente ao local de trabalho da vítima em sua motocicleta. As ameaças foram estendidas à filha menor de idade da vítima, de 16 anos. Posteriormente, no dia 3 de outubro de 2025, a jovem foi até o local de trabalho da vítima, a empurrou e, novamente, a ameaçou de morte.
Diante da gravidade dos fatos, visando garantir a ordem pública e proteger a integridade física da vítima e de seus familiares — diante do risco concreto e iminente de que as ameaças, incluindo o plano de sequestro, fossem concretizadas — foi representado pela decretação da prisão preventiva da investigada, sendo tal pleito deferido pelo Poder Judiciário e consequentemente cumprido pela Polícia Civil.
A jovem de 18 anos responderá, em continuidade delitiva, por múltiplos crimes, incluindo perseguição qualificada (cuja pena máxima de reclusão pode chegar a 3 anos), ameaça (pena máxima de 6 meses de detenção), calúnia (pena máxima de 2 anos de detenção), difamação (pena máxima de 1 ano de detenção) e coação no curso do processo (pena máxima de 4 anos de reclusão).
Fonte: Pc
Publicado em 7 de outubro de 2025 às 16:11